Lula ainda disse que Bolsonaro “ressuscitou um nacionalismo primitivo” ao culpar os povos originários pela degradação do meio ambiente. “A crise política que se abateu sobre o Brasil levou ao poder um governo negacionista, com consequências nefastas. Meu antecessor abriu as portas para os ilícitos ambientais e o crime organizado. Os índices de desmatamento voltaram a crescer. Suas políticas beneficiaram apenas uma minoria que visa lucro imediato. Na tribuna da ONU, o Brasil ressuscitou noções de um nacionalismo primitivo e responsabilizou índios e caboclos pelas queimadas provocadas pela ação humana. Nos tornamos um pária entre as nações e nos afastamos de nossa própria região. Os que sempre atuaram em prol da preservação ambiental e dos direitos humanos foram perseguidos e atacados. Perdemos de forma violenta diversas lideranças que lutaram contra a destruição e o descaso. Os que mais sofreram foram os indígenas e outros povos tradicionais. A invasão da terra ianomâmi evidenciou o desprezo pela vida humana e pelo meio ambiente”. >>> Lula diz estudar "prêmio" a prefeituras da Amazônia que evitarem queimadas e desmatamento
Em seu governo, disse o presidente, “a criação do Ministério dos Povos Indígenas, comandado por uma ministra indígena, o primeiro na história do Brasil, simboliza nosso compromisso com a reparação à invisibilidade a que foram submetidos os povos originários em nosso país”.
“Felizmente, pela decisão soberana do povo brasileiro e seu compromisso com a democracia, conseguimos virar essa triste página da nossa história”, completou.