Preso pela Polícia Federal (PF) na Operação Élpis, desencadeada na manhã desta segunda-feira (24), o ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa, o Suel, cumpria pena em regime aberto após ser condenado em 2021 a 4 anos de prisão por obstruir as investigações sobre o assassinado da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista, Anderson Gomes.
Suel era o dono do veículo que foi usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa, o ex-policial vizinho de Jair Bolsonaro acusado de ser o autor dos disparos que acabaram com a vida de Marielle e de Anderson, no crime ocorrido em 14 de março de 2018.
Novas informações obtidas pela PF a partir da delação de Elcio Queiroz colocam Suel como um dos criminosos que participaram do planejamento do assassinato de Marielle. O ex-bombeiro teria feito fez campanas contra a vereadora e levou carro usado no crime, um Cobalt, para ser desmanchado após o crime.
Na ocasião, a polícia ainda concluiu que Suel tinha um patrimônio incompatível com seu salário mensal como bombeiro, de cerca de R4 4,6 mil.
De acordo com as investigações, o ex-bombeiro é dono de apartamento luxuoso de frente para a praia na Barra da Tijuca avaliado em R$ 2 milhões. O condomínio onde o bombeiro mora é formado por três prédios de 27 andares, com piscina, bar, restaurante e academia. Com quatro quartos, os imóveis possuem cerca de 170 m².
Segundo a Delegacia de Homicídios do Rio, Maxwell também trabalha com compra e venda de carros importados. Na garagem da casa, os agentes encontraram um BMW X6 no valor de R$ 170 mil. O bombeiro já chegou a ter um Porsche Cayenne, avaliado em R$ 300 mil.