O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) visitou o gabinete de seu filho
mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também conhecido como
"01", nesta quarta-feira (21).
A visita de Bolsonaro a Flávio
ocorre no mesmo dia em que Cristiano Zanin está sendo sabatinado pela
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, em um processo que
deve aprovar sua nomeação para uma vaga no Supremo Tribunal Federal
(STF). Além disso, Bolsonaro
está às vésperas de enfrentar um julgamento no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) que poderia torná-lo inelegível por abuso de poder.
Uma
ação movida pelo PDT acusa Bolsonaro de abuso de poder e uso indevido
da estrutura do Estado ao realizar um encontro com embaixadores para
discutir assuntos que não são de interesse do Estado, mas sim para
atacar o sistema eleitoral brasileiro. O encontro foi transmitido pelos
canais oficiais do governo federal.
Ao deixar o Senado, Bolsonaro conversou com a imprensa e expressou seu temor de perder seus direitos políticos. Ele declarou que, durante a reunião com os embaixadores, não fez ataques ao sistema eleitoral brasileiro.
"Eu
não gostaria de perder meus direitos políticos. Ainda não sei se serei
candidato no próximo ano para prefeito, senador ou, no futuro, para
senador ou presidente. Mas para ser candidato, tenho que manter meus
direitos políticos. Não há motivo para isso [...] reunir-me com
embaixadores é um direito meu. Eu me reuni abertamente com os
embaixadores. Não houve críticas nem ataques ao sistema eleitoral. Eu
simplesmente expliquei como funcionam as eleições no Brasil", afirmou
Bolsonaro.