O empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia, que tem feito sérias acusações contra ex-membros da operação Lava Jato, divulgou neste domingo (18) mais documentos que, segundo ele, comprovam que o ex-juiz da Lava-Jato, o senador Sergio Moro (União-PR) teria usado escutas ilegais durante a operação.
Segundo a denúncia feita nas redes sociais, Moro renovava por tempo indefinido as autorizações para que suas linhas telefônicas fossem usadas para interceptar alvos e desafetos dele, como, por exemplo, o advogado Roberto Bertholdo. O método foi aplicado por anos. Garcia afirma ter atuado como “agente infiltrado” do ex-juiz, mas recentemente decidiu denunciar a máfia de Curitiba.
No Twitter, Tony Garcia escreveu que as imagens são de documentos que comprovam os métodos de Sérgio Moro para implantar escutas ilegais ou prorrogar as autorizações que, segundo ele, seriam quinzenais. Moro, segundo a denúncia de ex-parlamentar, dava “verniz de legalidade diante o delegado da PF”.
Essa é a segunda leva de documentos que comprometem a ação da Operação Lava-Jato que o ex-deputado apresentou nos últimos dias. Na segunda-feira (12), Garcia apresentou documentos que mostram “métodos intimidatórios” do deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) enquanto procurador do Ministério Público do Paraná.
O advogado Roberto Bertholdo foi preso durante a Operação, mas para isso, Garcia teve que mentir, segundo ele conta, a mando do ex-juiz. Conforme aponta o empresário, o ex-juiz tomou a atitude após Bertholdo conseguir decisões favoráveis, anulando a sentença que recebera na Lava-Jato.