O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última quarta-feira (17) que a Polícia Federal (PF) investigue o deputado federal tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS). O parlamentar é suspeito de incentivar atos antidemocráticos no Rio Grande do Sul e em Brasília. Com informações da coluna Maquiavel, da Veja.
Zucco foi eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). O parlamentar escolheu o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) como relator do colegiado.
“Encaminhem-se os autos à Polícia Federal, para continuidade das investigações”, decidiu o ministro. A documentação foi disponibilizada à PF na sexta-feira (19).
No despacho, Moraes disse que o deputado foi alvo de uma notícia de fato levada ao Ministério Público Federal (MPF) a respeito de suposto “patrocínio e incentivo” a atos antidemocráticos, como o bloqueio de estradas após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais.
O caso, que inclui publicações feitas por Zucco nas redes sociais, foi remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a pedido do MPF, diante do foro privilegiado do parlamentar na Corte.
A Procuradoria Regional da República da 4ª Região (PRR4) também defendeu que a investigação fosse para o STF porque “tramitam de modo concentrado na Suprema Corte diversos inquéritos correlatos, inclusive envolvendo pessoas não detentoras de prerrogativa de foro, mas lá investigadas por força de eventual conexão”.