Em sessão plenária nesta terça-feira (14), o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) usou a tribuna do Senado Federal para falar sobre o combate à corrupção. O ex-ministro da Justiça defendia restrições impostas na Lei das Estatais, no qual citou ter sido aprovada na esteira das revelações da Operação Lava-Jato, quando teve sua fala rebatida pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE).
“Eu queria, presidente, concordar que a gente precisa coibir a corrupção, inclusive a corrupção praticada por magistrados quando no exercício da sua função. Notadamente nós sabemos do caso que foi a anulação de todas as condenações do presidente Lula”, disse o parlamentar sergipano.
“Um caso de corrupção ao julgar o presidente Lula. Portanto, isso também precisa ser avaliado, precisa ser escaneado. Porque esse tipo de prática do Judiciário nunca mais este país pode viver, porque isso levou a essa aventura autoritária, a essa tentativa de golpe que nós vimos no dia 8 de janeiro, decorrente da intervenção criminosa, da atuação criminosa de um juiz na perseguição a líderes políticos e à política”.
Em seguida, o ex-juiz disse que repudiava as palavras de Carvalho. “O senador aqui está quase me acusando de corrupção. Quem gerou esses problemas todos foi a corrupção do seu partido. E nós combatemos essa corrupção”, disse Moro.
“Eu também não posso ficar aqui achando que vossa excelência pode falar de corrupção. O senhor destruiu milhares de empregos. Vossa excelência julgou e todos os processos que vossa excelência julgou foram anulados e isso gerou a cassação dos direitos políticos de um presidente. O senhor virou ministro do presidente que ganhou a eleição”, disse Rogério Carvalho reiterando a acusação. “Isso não é corrupção?”.