Tebet e Haddad se encontraram para discutirem o novo marco fiscal
previsto pela Emenda Constitucional da Transição. Na semana passada, a Fazenda concluiu a modelagem da proposta,
que foi enviada ao Ministério do Planejamento para orientar a
elaboração do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.
Segundo a ministra, o texto concilia as preocupações com a
sustentabilidade das contas públicas e a necessidade de garantir
investimentos para a recuperação da economia. Ela informou que agora
caberá a Haddad levar a proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
“É um arcabouço fiscal responsável, preocupado com a responsabilidade
fiscal, com o déficit primário, com a estabilização da [relação]
dívida/PIB, mas, atendendo a um pedido justo do presidente da República,
porque assim quer a democracia brasileira, que temos que ter recursos
necessários para o Brasil voltar a crescer”, declarou SimoneTebet.
Apesar de avaliar que o arcabouço garantirá a sustentabilidade das
contas públicas, a ministra não se comprometeu com uma previsão de
quando será possível zerar o déficit primário (resultado negativo nas
contas do governo sem os juros da dívida pública). Ela disse que as
novas regras são responsáveis e que agradarão a todos, inclusive ao
mercado financeiro, mas não adiantou detalhes sobre a proposta.
Recentemente, o ministro da Fazenda informou que pretende divulgar o modelo de arcabouço fiscal antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que ocorrerá em 21 e 22 de março. A expectativa da equipe econômica é que o projeto dê segurança para que a autoridade monetária inicie o processo de queda da Selic (taxa básica de juros).
Edição: Nádia Franco