A nova Agência Brasileira de Inteligência (Abin) terá como uma de suas prioridades identificar e monitorar grupos extremistas nas redes sociais para se antecipar aos ataques à democracia, como os protagonizados por bolsonaristas no dia 8 de janeiro, em Brasília.
De acordo com o Blog do Octavio Guedes, do G1, o órgão de inteligência passaria a ter pautas sobre temas como aquecimento global, desmatamento da Amazônia, ataques a povos originários, garimpo ilegal e até ameaças ambientais à plantação de soja.
Interlocutores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também afirmaram que o futuro chefe da agência, delegado Luiz Fernando Corrêa, costumava dar um exemplo prático do papel que a Abin deveria ter:
“Se a fome é um grande flagelo nacional, a Abin não pode ficar de
fora do tema. E como seria essa contribuição? Assim como são conhecidos
os gargalos da infraestrutura do agronegócio, a inteligência de estado
colaboraria no sentido de apontar os gargalos da ‘agricultura familiar’,
um dos pilares do combate à miséria.”
A ideia surgiu durante a fase de transição de governo, uma vez que integrantes da equipe do presidente ficaram incomodados com a composição ideologizada que o GSI passou a ter no governo Bolsonaro. A mudança, no entanto, acontece quase dois meses após os atos terroristas promovidos por bolsonaristas na capital federal.