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No Brasil, 35 mulheres foram agredidas por minuto em 2022, diz pesquisa

Pesquisadores dizem que não é possível apontar uma única causa

Publicada em 02/03/23 às 17:14h - 20 visualizações

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No Brasil, 35 mulheres foram agredidas por minuto em 2022, diz pesquisa
 (Foto: Reprodução/THINKSTOCK)

Todos os indicadores de violência contra a mulher subiram no ano de 2022, segundo a quarta pesquisa “Visível e Invisível – a Vitimização de Mulheres no Brasil” – do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Datafolha divulgada nesta quinta-feira (2).

De acordo com o estudo, nos últimos 12 meses, 28,9% (18,6 milhões) das mulheres relataram ter sido vítima de algum tipo de violência ou agressão, sendo o maior percentual da série histórica. Isso significa que 35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente por minuto no país.

Em relação à última pesquisa, que foi feita entre abril de 2020 e março de 2021, o crescimento foi de 4,5 pontos percentuais. Os pesquisadores dizem que não é possível apontar uma única causa, mas que 3 fatores devem ser destacados:

1) O fim de financiamentos das políticas de enfrentamento à violência contra a mulher por parte do governo de Jair Bolsonaro (PL) nos últimos 4 anos. 2) A pandemia de Covid-19 que comprometeu o funcionamento de serviços de acolhimento às mulheres. 3) Ação política de movimentos ultraconservadores que se intensificaram na última década e elegeram, dentre outros temas, a igualdade de gênero como um tema a ser combatido, como visto nas eleições de 2022.

Segundo a pesquisa, os tipos de ofensas mais citados foram:

Ofensas verbais: 23,1% de prevalência (14,9 milhões)
Perseguição: 13,5% (8,7 milhões)
Ameaças: 12,4% (7,9 milhões)
Agressão física (chutes, socos e empurrões, por exemplo): 11,6% (7,4 milhões ou 14 por minuto)
Ofensas sexuais: 9% (5,8 milhões)
Espancamento ou tentativa de estrangulamento: 5,4% (3,4 milhões)
Ameaça com faca ou arma de fogo: 5,1% (3,3 milhões)
Lesão provocada por algum objeto que lhe foi atirado: 4,2% (2,7 milhões)
Esfaqueamento ou tiro: 1,6% (1 milhão)

Os pesquisadores destacam que, em comparação aos anos anteriores, o cenário é de “um crescimento acentuado de formas de violência grave, que podem incorrer em morte da mulher, como é o caso do crescimento de episódios de perseguição, agressões como tapas, socos e chutes, ameaça com faca ou arma de fogo e espancamentos”.

O estudo aponta que a maioria das mulheres que sofreram agressões e responderam à pesquisa não tomou uma atitude após ter sofrido a violência mais grave. A resposta com maior percentual foi “não fez nada”, com 45%.

Em seguida, aparecem “procurou ajuda da família” (17,3%) e procurou a ajuda de amigos (15,6%). Apenas 4,8% acionaram a Polícia Militar, e 1,7% fizeram a denúncia via registro eletrônico, por exemplo.

Entre os dias 9 e 13 de janeiro de 2023, 1.042 mulheres com 16 anos ou mais foram entrevistadas em 126 municípios de pequeno, médio e grande porte. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos na amostra nacional e de três pontos para mais ou para menos na amostra do módulo de autopreenchimento.




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