Católicos bolsonaristas estão mobilizados contra a Campanha da Fraternidade de 2023, que neste ano tem como tema central o combate à fome. Um grupo desses cristãos extremistas e sem empatia consideram a iniciativa anual da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) uma espécie de "conspiração comunista" e convocam outros fiéis a não se envolver nem doar para a campanha.
Embora esse comportamento mesquinho por parte de cristãos ultraconservadores não seja novidade, com a eleição do presidente Lula, as críticas à iniciativa da CNBB subiram o tom. Eles acusam os bispos de distorcer citações bíblicas e manipular a comunidade católica para "promover o comunismo".
Discípulo do guru extremista Olavo de Carvalho (1947-2022), Küster acusa a CNBB de esconder e mascarar conteúdo revolucionário e de usar dados falsos sobre o tamanho do drama da fome no Brasil.
O extremista questiona pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) que apontou que o número de de brasileiros que não têm o que comer passou de 19,1 milhões no fim de 2020 para 33,1 milhões em 2022.
Um desses cristãos ultraconservadores é o youtuber bolsonarista Bernardo Pires Küster, que é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news e tem quase um milhão de inscritos em seu canal, está fazendo uma série de vídeos contra a campanha da CNBB.
O
conteúdo do extremista atinge milhares de pessoas tanto pelo acesso ao
canal dele de vídeos, quanto por compartilhamentos pelas redes sociais e
distribuição em aplicativos de mensagem.
Ataque ao MST
Küster também ataca a Campanha da Fraternidade por citar o sociólogo Herbert de Souza (1935-1997), o Betinho, referência no combate à fome no Brasil, e apoiar a distribuição de alimentos a pessoas vulneráveis pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que durante a pandemia da Covid-19, doou 6 mil toneladas de alimentos e 1.150.000 marmitas.
Com informações do Metrópoles