O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou o general da reserva Mauro César Lourena Cid, que trabalhava como chefe do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), desde 2019, em Miami, nos Estados Unidos. O salário do militar era cerca de R$ 50 mil.
A Apex tem como objetivo promover empresas brasileiras no exterior e tornar as negociações comerciais mais fáceis para auxiliar no desenvolvimento das indústrias do Brasil. Outras demissões foram feitas por Lula. As informações são da colunista Bela Megale, do O Globo.
O general da reserva é um amigo de Bolsonaro e foi um dos colegas de turma do ex-capitão na Academia das Agulhas Negras. O militar é pai do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens e braço direito de Bolsonaro, investigado com o ex-presidente em inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF).
A dispensa foi determinada no início do mês pelo ex-governador do Acre, o engenheiro Jorge Viana (PT), que assumiu a presidência da Apex no governo Lula. No comando da agência, Viana desligou do órgão todas as pessoas que ocupavam cargos comissionados, mantendo nos quadros apenas os funcionários de carreira.
Um dos outros que foram dispensados foi o médico pessoal de Bolsonaro, o doutor Ricardo Peixoto Camarinha. Desde o ano passado, o cardiologista também possuía um escritório da Apex em Miami, apesar de sua residência ser em Orlando, onde o ex-presidente está morando. As duas cidades estão a 380 quilômetros de distância.
