Pelo menos 15 militares vinculados de alguma maneira aos ataques golpistas promovidos por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas sedes dos Três Poderes, ocorridos no dia 8 de janeiro, em Brasília, já foram identificados.
Nesta segunda-feira em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, o subtenente Roberto Henrique foi um dos alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) para capturar idealizadores e fomentadores dos atos terroristas na capital federal.
De acordo com informações do jornal O Globo, na lista há tanto militares da ativa, como Roberto Henrique, quanto agentes da reserva ou até já fora das forças de segurança. Além de bombeiros, constam na lista nove policiais militares, três integrantes do Exército, um oficial da Marinha e um ex-cabo da Aeronáutica.
Entre os nomes está o de Ednaldo Teixeira Magalhães, sargento da PM do Distrito Federal. Nas redes sociais ele mostra-se um bolsonarista radical. Magalhães chegou a postar no TikTok vídeos com a chegada dos ônibus repletos de extremistas à capital.
Apareceram ainda na listagem de presos durante os atos divulgada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, o sargento Rogério Caroca Barbosa e da major Onilda Patrícia de Medeiros Silva, ambos aposentados pela Polícia Militar da Paraíba. Eles se tornaram alvos de um procedimento disciplinar aberto na Corregedoria da corporação.
Os sargentos Amauri Silva, Carlos Ibraim Gomes, Mauríco Onezimo Jaco e Sergio de Souza Magalhães; e o subtenente Nilton Barbosa dos Santos são os agentes de Minas Gerais entre os detidos na capital federal. O sargento Silvério Santos, militar da ativa em Goiás também está na lista. Apesar de não estar preso, ele responde a uma investigação interna.
Já entre integrantes do Exército, participaram dos ataques o subtenente reformado José Paulo Fagundes Brandão, que acabou preso, e os oficiais Adriano Camargo Testoni e Ridauto Lúcio Fernandes. Ambos também são da reserva.
O capitão-de-mar-e-guerra reformado Vilmar José Fortuna, oficial da Marinha, postou foto em frente ao Congresso tomado por bolsonarista terroristas. Diante disso, ele foi destituído do cargo que ocupava no Ministério da Defesa há quase uma década.
Já o ex-cabo da Aeronáutica, Arthur de Lima Timóteo, esteve por oito anos como oficial temporário. Timóteo aparece entre os presos nos atos golpistas em Brasília.