Na manhã desta terça-feira (9), o Financial Times publicou um texto sobre a pressão de congressistas americanos sobre a Casa Branca para expulsar o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), de Orlando, nos Estados Unidos:
Joe Biden condenou os tumultos violentos no Brasil enquanto a Casa Branca enfrentava pedidos do Congresso para expulsar Jair Bolsonaro, ex-presidente do país latino-americano, dos EUA, onde está desde que deixou o cargo.
“Canadá, México e Estados Unidos condenam os ataques de 8 de janeiro à democracia brasileira e à transferência pacífica de poder”, disse o presidente dos EUA em comunicado conjunto na segunda-feira com o líder mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. (…)
Vários legisladores democratas pediram que o ex-presidente brasileiro fosse removido dos EUA. As perguntas surgem depois que seus apoiadores invadiram no domingo o Congresso do país, a suprema corte e o palácio presidencial em tumultos que guardam uma notável semelhança com a invasão do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021. (…)
“Os EUA não devem ser um refúgio para este autoritário que tem inspirou o terrorismo doméstico no Brasil”, disse o congressista democrata Joaquin Castro à CNN. “Ele deveria ser mandado de volta ao Brasil.”
A proeminente legisladora progressista Alexandria Ocasio-Cortez também pediu que Bolsonaro seja devolvido ao Brasil. “Devemos nos solidarizar com o governo democraticamente eleito de @LulaOficial ”, escreveu ela no Twitter no domingo, referindo-se ao presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silva. “Os EUA devem parar de conceder refúgio a Bolsonaro na Flórida.” (…)
Os republicanos não aderiram aos apelos pela deportação de Bolsonaro, embora alguns tenham condenado os protestos, incluindo o senador da Flórida, Rick Scott, e o desgraçado congressista republicano George Santos, cujos pais nasceram no Brasil. (…)
A Justiça vai analisar o pedido, que previa o retorno de Bolsonaro ao Brasil em até 72 horas. O conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan disse que os EUA não receberam nenhum pedido oficial do governo brasileiro sobre a situação de Bolsonaro no país, mas acrescentou que, se recebesse, “nós os trataríamos com seriedade”. (…)