O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), publicou nesta quinta-feira (5) uma portaria que pode barrar a ida do ex-ministro da Justiça Anderson Torres para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Segundo o ato assinado por Dino, servidores ligados ao Ministério da Justiça não poderão ser cedidos a outros órgãos se estiverem respondendo a processos na Justiça – o que é o caso de Torres.
Anderson Torres foi ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro de 2021 a 2022.
Antes, foi secretário de Segurança Pública de Ibaneis Rocha (MDB) no Distrito Federal. Com a derrota de Bolsonaro nas urnas no ano passado, Torres foi anunciado para ser novamente secretário de Segurança Pública do DF.
O ex-ministro da Justiça é alvo de ações Supremo Tribunal Federal (STF). Uma delas apura ataques ao sistema eleitoral em uma live conduzida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro 2021 e que teve presença de Torres.
Em fevereiro do ano passado, o ministro Alexandre de Moraes chegou a determinar o compartilhamento da investigação contra Torres e Bolsonaro com o inquérito das milícias digitais.
Torres é policial federal e precisa de autorização do Ministério da Justiça para ser cedido a outros órgãos – como seria o caso da Secretaria de Segurança Pública do DF.
O ato assinado por Dino determina, ainda, que seja realizada a atualização cadastral de todos os servidores públicos federais vinculados ao ministério que estejam cedidos a outros órgãos e para a iniciativa privada.
A CNN entrou em contato com a assessoria de Anderson Torres e aguarda retorno.