Eduardo Maretti, da RBA - Em discurso na cerimônia de transmissão de cargo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias agradeceu ao Senado e a Câmara pela aprovação da PEC da Transição, que permitirá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva dar início imediato à execução de seus projetos na área social. “Com isso, a gente abre o mandato e se pode dar início ao governo. É a vez de sua excelência, o povo”, disse o ministro.
Citando os termos que compõem o nome do ministério que comanda, Wellington afirmou que, entre todas, “a prioridade é o combate à fome”. “A determinação, o compromisso de presidente Lula assumido com o povo, é o nosso manual”, continuou.
De acordo com Wellington, a reconstrução do Brasil – expressão que tem sido citada por todos os membros do governo – passa pela reconstrução da rede da assistência social. Garantir o Bolsa Família, que passará por reformulação para “ser mais justo”, e a atualização do Cadastro Único são duas prioridades citadas pelo ministro. Para ele, não são tarefas simples, mas configuram a base da execução dos programas sociais.
Mais cedo, na posse do ministro Fernando Haddad na Fazenda, Dias disse que “tem gente ilegalmente dentro (do cadastro do Bolsa Família) e tem gente que tem direito que está fora”.
CadÚnico
Wellington Dias afirmou que o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) será atualizado, “para mais segurança”. O cadastro é o instrumento de identificação e caracterização socioeconômica das famílias de baixa renda, utilizado para a seleção de beneficiários de programas sociais governamentais.
O CadÚnico tem 90 milhões de pessoas inscritas. Atualizado o cadastro, o governo “só vai pagar a quem tem direito por critérios sociais”, ressaltou o ministro. “(Vamos) trazer quem tem direito e não teve oportunidade de receber.” Ele acrescentou que o governo vai promover uma “reconstrução” da rede de assistência social.
De acordo com o ministro, a palavra que mais tem de estar presente no dia a dia do governo é “dignidade. E dignidade é trabalhar de forma integrada em vários campos”.
Ex-governador do Piauí e senador eleito em 2021, Wellington Dias falou do sentimento que permeou grande parte dos brasileiros que, presencial ou remotamente, assistiram à posse de Lula. “Ontem eu chorei, e não foi só uma vez. A gente volta a ter um presidente da República que tem causas. A causa do combate à fome, a causa de trabalhar com prioridade para os que mais precisam, os mais pobres desse país”, resumiu.