Jair Bolsonaro (PL) não aceitou, se revoltou e ficou praticamente trancafiado nos últimos 60 dias no Palácio da Alvorada, indignado com a derrota nas urnas para Lula (PT). Mas, a realidade dos fatos se impõe sobre um governo cunhado nas fake news.
Nesta sexta-feira (30), último dia útil do ano, Bolsonaro decretar o fim de seu governo com a assinatura de uma série de exonerações publicadas o Diário Oficial da União (DOU), além de nomeações interinas dos indicados de Lula nos comandos da Marinha e da Força Aérea Brasileira (FAB).
Bolsonaro também assina a exoneração do Almirante de Esquadra Almier Garnir Santos e a nomeação de Marcos Sampaio Olsen, também Almirante de Esquadra, para exercer interinamente o comando da Marinha.
Os decretos, assinados por Bolsonaro e pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, completam a transição nas Forças Armadas. Na quarta-feira (28), Bolsonaro já havia realizado a transição no Exército com a nomeação de Júlio Cesar Arruda, indidcado de Lula, para o comando da força no lugar de Marco Antônio Freire Gomes.
Fim do ministério
Em meio à longa lista publicada no Diário Oficial, Bolsonaro tamém oficializou as exonerações dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Célio Faria Júnior (Secretaria de Governo) e Daniel Ferreira (Desenvolvimento Regional), além de uma série de secretários que trabalhavam em cargos comissionados nos ministérios.
Entre os exonerados estão Charlos Roberto Martins da Silva, secretário-executivo do Ministério do Turismo, e André Porciúncula, um dos comandantes da "guerra cultural" levada por Bolsonaro e doutrinados de Olavo de Carvalho à Secretaria Especial de Cultura.
O DOU também traz listas de exonerações feitas pelos ministros em suas pastas, esvaziando os cargos comissionados e colocando fim ao governo Bolsonaro.